“E se eu pudesse contar a minha própria história em um livro? Como seria isso?”. Esse pensamento passou pela mente durante um tempo e, nesse período, pensei muito: “Por que escrever minha biografia agora? Será que parecerá pretensioso da minha parte? Quem se interessaria em ler? A propósito, as pessoas ainda lêem?”.
Aquele diabinho que fica soprando coisas no nosso ouvido esquerdo trouxe essas e outras dúvidas. E agora, no momento em que escrevo essa introdução, penso que talvez já devesse ter todas essas respostas na ponta da língua, para calar a boca desse diabinho safado. Afinal, alguém que escreve um livro sobre sua própria vida precisa saber de tudo. Entretanto tenho que ser honesto: estou sentindo um frio na barriga! O diabinho acabou de soprar que, com essa introdução de meia tigela, eu não vou a lugar nenhum, e ainda disse que terei vergonha de ler isso no futuro. Afff, vê se posso?! Que droga de diabinho chato!
Agora, vou escutar o anjinho no ouvido direito, que está dizendo que tem sido assim a vida toda. “Primeiro você faz, depois você pensa. E quase sempre dá certo. Não poderia ser diferente com um livro sobre a sua própria existência”. Pronto, decidi escutar a voz do anjinho.
Sendo assim, escrevo a você sentado na frente do computador, dentro de meu ateliê de fotografia, que fica na área externa da minha casa no Rio de Janeiro. Estou ladeado de muitas coisas que colecionei ao longo de mais de três décadas como profissional escritor da luz, porque fotografia nada mais é do que escrever com a luz. Além disso, também faço maquiagem, cabelo, música, escrevo, danço, canto e reúno amigos e profissionais para fazer tudo o que dá na telha e tenha a ver com arte. Bem, observando esse espaço calmamente, percebo o quanto de amor eu tenho por essa muvuca – é uma bagunça e, mesmo organizada, não deixa de ser uma bagunça. Tem um espelho de camarim cheio de luzinhas em volta, um armário com produtos de beleza, tripés, equipamentos de iluminação, câmeras, pilhas, cabos, carregadores, computador, acervo de roupas, araras, cabides, ferro de passar, steamer, quadros, livros, mesas, fundos de papel e tecido de várias cores. Enfim, tem muita coisa e eu uso tudo. E tudo tem história!
E essa é a história verdadeira de um menino que queria entrar dentro do aparelho de televisão para brincar com os personagens do Sítio do Picapau Amarelo. Um menino criativo, que adora fazer as pessoas felizes e insiste em permanecer vivo dentro de mim. Ele é cheio de ideias, adora dar risada e conhecer gente. Já caiu e levantou muitas vezes, mas nunca desistiu de acreditar em seus sonhos. Esse menino viajou por 24 países para fotografar uma campanha publicitária internacional histórica, chamada Momentos de Luxo Inteligente, da GC Watches, e teve uma matéria falando sobre sua arte no The New York Times. Ele trabalha há mais de trinta anos fotografando pessoas, e algumas delas são famosas.
Como disse minha mãe, me dando a primeira lição na fotografia, mas que na verdade serve pra quase tudo na vida: “Coloca todo mundo dentro do quadradinho, sem cortar as cabeças, respira fundo e aperta o botão”.
Não precisa pensar muito. Vem comigo que no caminho eu te explico!
Autor | Pino Gomes |
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ISBN | 978-65-5619-131-7 |
Altura do livro | 23 |
Largura do livro | 2 |
Profundidade | 16 |
Páginas | 100 |
Edição | 1 |
Ano da edição | 2022 |
Peso | 0.280 |
Idioma | Português |
Selo | DISRUPTalks |
Opção de acabamento | Capa Brochura |
- Anônimo
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